domingo, 26 de maio de 2013

Na Antiguidade

Ficheiro:Opening of the mouth ceremony.jpg
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Cerimônia do "abrir a boca", do Livro dos Mortos.
Créditos da Imagem:
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Como vimos, já no final da Pré-história os seres humanos passaram a se cobrir com peles de animais para se proteger do clima e, com o tempo, essa proteção foi se tornando cada vez mais sinônimo de poder e status. 
As pessoas achavam que usar peles de animais estava na moda, cada vez se via mais.
Esta tendência foi sendo suplantada pelo uso de fibras naturais como o linho e o algodão no Egito e a seda na China. 
Na Antiguidade Oriental as vestes passaram a ser usadas para diferenciação social: as diferentes castas na Índia usavam cores e padronagens diferentes, no Egito a veste do camponês era apenas um perissoma (espécie de "fralda") feito de algodão enquanto os sacerdotes e guerreiros usavam túnicas elaboradas e vários adornos e, desta maneira, foram surgindo nas sociedades orientais várias formas de indumentária e ornamentos, para que as pessoas pudessem ser facilmente identificadas, em relação ao papel que desempenhavam.
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Os gregos, com o culto ao belo e o seu ideal de Paideia que consistia no pressuposto de que "uma mente sã habita um corpo saudável" (que os romanos traduziram por "mens sana in corpore sano"), desprezavam as vestimentas. 
Os jovens do sexo masculino andavam nus a maior parte do tempo - conforme podemos perceber ao analisar a estatuária e pintura grega - mas tinham sempre uma espécie de manto ou capa ao ombro, para solenidades cívicas ou para o interior das habitações.
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Ficheiro:0033 Louvre Venus de Milo.jpg
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Vênus de Milo
Créditos da Imagem:
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Como as mulheres eram desvalorizadas, passando a maior parte do tempo reclusas no gineceu, elas normalmente são representadas vestidas, com o "peplos" jônico (Atenas) ou o "chiton" (ou quíton) dórico (Esparta).
 É facilmente perceptível a diferença na representação masculina e feminina ao analisarmos os padrões de Kouros e Kore.
Com o helenismo, e a expansão das letras e das artes gregas por toda a bacia do Mediterrâneo, as várias culturas se mesclam ocasionando uma mudança nas formas de representação. 
No bojo da síntese formal helenística começam a aparecer, pela primeira vez, mulheres representadas nuas, como é o caso da famosa Vênus de Milo.
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Ficheiro:Affresco romano - Pompei - Argo.JPG
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Afresco de Pompéia, representando um jovem.
Créditos da Imagem:
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Em Roma, profundamente mais democrática em relação ao gênero do que a Grécia, as mulheres não apenas participam da vida cultural, como também das solenidades cívicas.
 Há inúmeros exemplos na estatuária romana de elaborados penteados e suntuosas vestimentas que identificavam as mulheres patrícias.
Aos homens da classe senatorial (senadores, magistrados, tribunos) era permitido o uso da toga, a qual ainda hoje é usada pelos juízes.
Os plebeus, tanto homens quanto mulheres, usavam trajes semelhantes aos patrícios (sendo vetado apenas o uso da toga) mas não usavam ornamentos indicativos de alta condição social, como os diademas, anéis e demais ornamentos.
No período bizantino, onde o cristianismo já era a religião oficial do Estado, proscreveu-se a nudez e as roupas tornaram-se nitidamente mais amplas e mais longas, sendo que foram estas as vestimentas que deram origem aos hábitos dos monges e freiras e às batinas dos padres.
 Dava-se valor, por exemplo, às roupas na cor roxa, chamada "púrpura", pois essa cor era derivada de um pigmento muito raro que só a nobreza tinha condições de adquirir.
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Já os mais pobres usavam roupas na cor azul, que era feita com uréia, encontrada em abundância, pois os tintureiros tomavam muitas bebidas alcoólicas, faziam a urina em baldes, e essa era utilizada para tingir as peças de tecido.
 Os camponeses usavam ainda tons crus, o ocre e o terra.
Facilmente encontramos, em qualquer compêndio de química, como produzir a cor azul através da uréia:
"Encontramos ainda na saliva substâncias que estão sendo excretadas e que não possuem qualquer função na digestão tais como o sulfocianeto, o nitrito e a uréia.(...)
Colocar em tubo de ensaio 1 mL de saliva filtrada, duas gotas de ácido sulfúrico diluído (10%) e duas gotas de iodeto de potássio (10%). 
Desprende-se iodo que pode ser melhor observado pela adição de 1 mL de goma de amido 1% levando ao desenvolvimento de cor azul."
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Ficheiro:Justinian mosaik ravenna.jpg
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Corte do Imperador Justiniano, retratada em mosaico de Ravena
Créditos da Imagem:
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Curiosidade:
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"O assentamento de Çatalhüyük, na Anatólia, datada de 6700 anos a.C (porção asiática da Turquia e européia da Trácia), é a primeira comunidade que se tem registros sobre o modo como as mulheres exerciam maior influência do que os homens, no papel de "dona de casa". 
Esse povoamento dava grande importância à moda, de acordo com as jóias de cobre e chumbo, os tecidos coloridos, as fivelas de cintos e os tapetes ricamente adornados e manufaturados usados por eles. 
Além disso, os humanos se cobriam com peles de animais para se proteger do frio e, com o tempo, essa roupagem se tornou símbolo de poder e status. 
A evolução desses adornos deu origem ao que vemos nas civilizações do Egito, Grécia e Roma antigos, com roupas leves e soltas, adequadas ao ambiente e à temperatura. 
Os acessórios e jóias eram feitos de ouro, cobre ou chumbo, conseguidos nos leitos dos rios. 
Durante o período Bizantino de ocupação, a nobreza se distinguia por utilizar a cor roxa, que derivava de um pigmento especial e raro, que somente o alto poder tinha poder de aquisição. 
Os plebeus eram caracterizados pela cor azul, que era conseguido através do álcool expelido na uréia humana. "
As grandes civilizações do extremo oriente, Índia, China e Japão desenvolveram estilos e modismos próprios, extremamente diferenciados, sendo que a principal inovação foi no campo das texturas, pelo uso da seda, e do tingimento.
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Fonte de Pesquisa:

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